"A bola dá volta"

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

DIÁRIO DA PREPARAÇÃO 14.04.11


Como combinado na semana passada, hoje vou comentar um pouco sobre diferenças metodológicas no futebol, claro que é um assunto muito complexo e que na verdade existem tendências metodológicas no mundo todo e que são influências dentro do trabalho de comissões técnicas dos clubes de futebol.
Conhecemos duas grandes linhas metodológicas no futebol, a linha inovadora representada pela Periodização Tática e a linha de treinamento convencional baseada nos conceitos de Periodização de Matveev.

Acredito na metodologia inovadora, desenvolvendo toda a performance desportiva baseada no processo coletivo, trabalhando dentro do modelo de jogo com treinamentos contextualizados nos princípios que norteiam esse modelo, sustentada pelo desenvolvimento do cognitivo coletivo. Na minha forma de ver, supera a metodologia do treinamento integrado de origem sul-americana, moderna também, mas enraizada nas linhas do desporto individual e da metodologia convencional, baseada nas linhas de Matveev. Divididas em períodos e características bem sólidas, onde o atleta deve, primeiramente, ganhar para depois manter, e no final do macrociclo, perder. Onde a principal meta é desenvolver o perfil físico do atleta, com uma visão reducionista do processo, separando o aspecto físico, técnico, tático e psicológico do atleta.



No F.C. Metalist se segue a linha da metodologia inovadora, onde o treinamento é muito mais pro jogador ser o pensante dentro do contexto da equipe. O processo é feito todo em cima da estrutura contextual do sistema de jogo, mas não se tem definido o modelo de jogo da equipe. Trabalha-se com poucos feedbacks de princípios do modelo de jogo, mas muita exigência de posicionamento tático. Em relação às avaliações físicas, valoriza-se muito pouco esse aspecto, não existe a preocupação com dados físicos e antropométricos, utiliza-se numa forma secundária como acessório pouco usual, do que na metodologia convencional onde o jogador passa a ser unicamente o executante, tendo que cumprir tempos, metragens, parâmetros de performance e mensurações, que acabam mais ocupando o tempo dos profissionais do que propriamente resultando em performance desportiva ótima.

Mas quero deixar claro que essa é minha visão de treinamento e respeito os profissionais que acreditam na forma convencional de trabalhar e admiro muitos deles por suas conquistas.

Um comentário:

  1. Parabéns Michel! Esse post resume um pouco do ponto de vista que tu e o Beto me ensinaram a ter do futebol. Hoje em dia, com o pouco tempo que temos para treinar e preparar uma equipe, salvo em casos onde realmente não temos outra opção, não podemos desperdiçar sequer uma sessão de treinamento treinando qualquer outra coisa que não seja o "jogar". As vitórias vêm através de um rendimento pautado em padrões de jogo bem executados e em um modelo de jogo bem definido, onde os atletas sabem o que estão fazendo e não somente correm pelo campo.
    Foi um grande prazer trabalhar contigo e espero que possamos participar de uma comissão juntos novamente no futuro. Obrigado pelos ensinamentos e pelo apoio.

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