"A bola dá volta"

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sexta-feira, 13 de maio de 2011

ENTREVISTA (3ª parte) 13.05.11

Terceira parte da entrevista dada pelo Michel Huff ao Bruno Camarão do site http://www.universidadedofutebol.com.br/

Universidade do Futebol – Há muitas diferenças em relação à cultura na preparação desportiva dos jogadores de futebol na Ucrânia? E em relação às avaliações físicas, como isso é trabalhado?

Michel Huff – Como vinha comentando na pergunta anterior, aqui o futebol é treinado como futebol. Não existe treinamento físico propriamente dito. O processo é feito todo em cima da estrutura contextual do sistema de jogo, mas não se tem definido o modelo de jogo da equipe.
Trabalham-se com poucos feedbacks de princípios do modelo de jogo, mas muita exigência de posicionamento tático. Em relação às avaliações físicas, valoriza-se muito pouco esse aspecto: não existe a preocupação com dados físicos, e os antropométricos são entendidos de uma forma secundária, como acessórios pouco usuais.

Universidade do Futebol – Alguns clubes no Brasil não analisam e utilizam mais o VO2 máximo como preditor de performance. Na Ucrânia, o que é avaliado nesse sentido?

Michel Huff – Não posso te responder falando da Ucrânia, pois conheço pouco dos outros clubes, mas vejo que no Metalist se segue a linha da metodologia inovadora, em que se treina muito mais para o jogador ser pensante dentro do contexto da equipe, do que na metodologia convencional, em que o atleta passa a ser unicamente executante, tendo que cumprir tempos, metragens, parâmetros de desempenho e mensurações. Esses quesitos acabam mais ocupando o tempo dos profissionais do que propriamente resultando em performance desportiva ótima.
Mas quero deixar claro que essa é minha visão de treinamento, e respeito os profissionais que acreditam na forma convencional de trabalhar e admiro muitos deles por suas conquistas.

Universidade do Futebol – Você se utiliza da periodização do treinamento e dos microciclos? De que maneira definiria sua metodologia de treinamento?

Michel Huff – Eu acredito na metodologia inovadora, desenvolvendo toda a performance desportiva baseada no processo coletivo, trabalhando dentro do modelo de jogo com treinamentos contextualizados nos princípios que norteiam esse modelo, sustentada pelo desenvolvimento do cognitivo coletivo.
Na minha forma de ver, esta supera a metodologia do treinamento integrado de origem sul-americana, moderna, também, mais enraizada nas linhas do desporto individual e da metodologia convencional, baseada nas linhas de Matveev, divididas em períodos e características bem sólidas.
Nesse caso, o atleta deve primeiramente ganhar para depois manter – e no final do macrociclo perder, sendo a principal meta o desenvolvimento do perfil físico do atleta, com uma visão reducionista do processo, separando o aspecto físico, técnico, tático e psicológico do atleta.

Universidade do Futebol – Como você lida com a presença de jogadores de diversas nacionalidades dentro da sua equipe? A forma de enxergar o futebol é diferente?

Michel Huff – Isso é muito interessante. Aqui no Metalist, temos uma composição de elenco internacional: são atletas brasileiros, argentinos, um senegalês, russos, sérvios e ucranianos.
Tenho falado várias línguas – tentado pelo menos –, com mais fluidez o espanhol e o português, o inglês com alguns jogadores e coachs, e o russo que estou aprendendo aos poucos. E com certeza é uma experiência única que me prepara para qualquer outro tipo de mercado.
Além disso, fica bem explicita a diferença de crenças do treinamento em relação aos jogadores. Alguns acham que se treina com muito volume, outros com pouco; há ainda aqueles que acham que está tudo errado, e também os que acreditam estar tudo certo.

Universidade do Futebol – Qual é a ideia que os ucranianos têm sobre os brasileiros como profissionais (jogadores e demais profissionais ligados ao futebol)?

Michel Huff – O futebol brasileiro é respeitado por todos por aqui. Isso é notório quando aparece na televisão alguns lances do Campeonato Brasileiro ou das disputas regionais, em que todos ficam parados para ver e admirar as jogadas feitas pelos nossos jogadores.
Por isso que vemos aqui a maioria de jogadores estrangeiros proveniente do Brasil, nos grandes e pequenos clubes. Agora, em relação à comissão técnica, acredito ser o precursor da entrada de brasileiros em comissões técnicas.
Para se ter uma ideia, na comissão técnica do Metalist, só existem ucranianos e um brasileiro.
ACOMPANHE NO BLOG NA PRÓXIMA SEMANA A QUARTA PARTE DA ENTREVISTA...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

DIÁRIO DA PREPARAÇÃO 08.05.11

Volyn 1x4 Metalist
T eríamos muitas dificuldades nessa rodada pela Premiere League Ukraine, jogaríamos fora e uma viagem longa. Nos locomovemos utilizando transporte aéreo e depois de mais de uma hora até Lutsk, cidade do Volyn. Apartir da chegada no hotel, o ambiente passou a ser favorável, logo na chegada, já vi a força do Metalist na Ucrânia, com muitos adimiradores em torno do hotel, criando um ambiente de entusiasmo e confiança. Ficamos mais de um dia no hotel nos preparando mentalmente para a partida que seria decisiva. Encontramos alem do ambiente favorável, um gramado de boas condições para o jogo e foi em cima disso que conseguimos impor toda a nossa qualidade sobre a equipe do Volyn. Logo no inicio do primeiro tempo já estávamos vencendo com dois gols de Churry Cristaldo, jogador argentino que vem superando-se nos treinos, buscando sua melhor performance. Tivemos um susto no final do primeiro tempo levando um gol de bola parada, arma forte do adversário pela altura dos seus atletas.
Mas não teve jeito não, no segundo tempo fomos soberanos e dominamos a partida com mais dois gols, um feito pelo atacante Taison depois de linda jogada de Cleiton Xavier e pra fechar a conta, o nome do jogo fez mais um, Churry Cristaldo, após boa jogada de Dennis.

Enfim, mais uma vitória na reta final do campeonto, que nos deixa na frente do quarto colocado e a vaga da Liga Europa UEFA bem próxima para a temporada 2011/2012. Semana que vem jogaremos em casa, será a penúltima rodada da Premiere League Ukraine.