Teve início mais uma Copa América. Disputada no Chile, a competição que conta com a presença de todas as grandes seleções do continente sul-americano somadas a Jamaica e México.
A grande favorita é a Argentina, que foi vice-campeã mundial no Brasil e que conta com o melhor elenco da competição. O selecionado chileno também tem grandes possibilidades de conquista do título, pois é o país-sede e tem uma sequência de trabalho de muitos anos com Jorge Sampaoli. Temos também a presença de países com muita tradição como Brasil, Uruguai e Colômbia. Correndo por fora estão México, Paraguai e Equador. Bolívia, Peru, Jamaica e Venezuela lutam para surpreender.
Minha postagem tem como objetivo relatar sobre a performance das equipes. Um aspecto que é considerado decisivo para esse tipo de competição que ocorre em menos de um mês. A discussão e a avaliação desse quesito está acerca do desempenho físico e cognitivo dos jogadores de uma forma individual, mas que deveria ser avaliado também de uma forma coletiva. O caracter técnico e tático deveriam ser analisados associadamente com o desempenho físico.
A competição continental exemplifica o problema do calendário mundial. Deste modo, observamos uma peculiaridade na formação dos elencos, porque mescla jogadores que estão em meio à temporada com jogadores que estão em fim de temporada. O México, por sua vez, está com muitos desfalques devido à participação na Copa Ouro, organizada pela CONCACAF.
Acredito que as seleções que tiveram mais sequência com o mesmo treinador e, consequentemente, mais entendimento do modelo de jogo chegam com muita força na competição. Chile e Colômbia mostraram na Copa do Mundo uma performance coletiva muito boa com Sampaoli e Jose Pekerman. Isso pode fazer a diferença, pois o desgaste físico e cognitivo será menor por terem um conceito de jogo já estabelecido. Brasil e Argentina, por exemplo, acredito que terão uma maior dificuldade em termos de desempenho por iniciarem um novo projeto e uma novo conceito de jogo com Dunga e Tata Martino, respectivamente.
Sabemos também que isso depende muito da ideia do treinador. A metodologia de treinamento pode ser o divisor de águas para o diferencial físico. Temos um duelo entre modelo de jogo x preparação física como carro-chefe metodológico.
Será uma competição de bom nível no meu ponto de vista. São grandes nomes do futebol reunidos em solo chileno. Diferentemente da Copa do Mundo no Brasil, quando tivemos muitos desfalques por lesões de final de temporada. Jogadores importantes ficaram de fora da competição ou com o desempenho comprometido. Ao contrário da Copa América que, a meu ver, tem um grande desfalque: o atacante uruguaio Luis Suárez. E não é problema físico, e sim por disciplina.