"A bola dá volta"

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sábado, 18 de abril de 2015

Intercâmbio de ideias

Neste mês de abril tive o prazer de participar de um encontro em Porto Alegre com dois grandes profissionais que atuam no futebol brasileiro e que possuem experiências internacionais. O primeiro trata-se do professor Ph.D. Élio Carraveta, que é o atual coordenador da preparação física do Internacional, com muitos anos prestados ao clube gaúcho. É um profundo conhecedor de futebol, com vários livros produzidos sobre o esporte. O segundo é um profissional com mestrado na Espanha , gabaritado e atualizado com experiências em vários clubes do Brasil e também no exterior. Felipe Celia, que foi um dos responsáveis pelo crescimento estrutural e ideológico do Guarani do Paraguai, que at
Trabalho na Ucrânia. Foto: Site oficial Metalist
ualmente é uma das sensações da Copa Libertadores da América de 2015.

O encontro foi informal, mas a pauta riquíssima em pensamentos e concepções futebolísticas que foram livremente discutidas, onde cada um pode expor um pouco daquilo que possui como experiência profissional, tanto na prática, como na teoria. Assuntos como diferenças metodológicas entre Europa e Brasil, tendências do treinamento do futebol e também a atuação do profissional da preparação física dentro da comissão técnica foram prioridades no bate-papo.

A diferença metodológica entre a Europa e Brasil sempre foi discutida, pois são escolas distintas em termos de embasamento teórico. Na Europa, o treinamento é norteado pelo desporto coletivo através do futebol estruturado pela ideia do coletivo. Ao contrário do Velho Mundo, o Brasil desenvolve na maioria dos clubes a concepção do treinamento alicerçado em especificidade e individualidade onde a preparação física é o "carro-chefe" do desenvolvimento do trabalho .

Atualmente estamos em profunda discussão sobre o momento presente do futebol brasileiro. A atualização dos profissionais em todas as áreas é uma questão inevitável para que possamos evoluir e conquistar melhores resultados. Nem tudo que é feito aqui no Brasil está errado, mas necessitamos a troca de ideias e aproveitarmos aquilo que a metodologia europeia poderá nos enriquecer. Temos que desenvolver a nova escola de treinamento do futebol brasileiro. Para que isso aconteça é fundamental a participação do profissional da preparação física, pois ele tem uma atuação importantíssima dentro da comissão técnica interdisciplinar fazendo com que o desenvolvimento do trabalho seja facilitado ao treinador. Este necessita de jogadores equilibrados fisicamente e optimizados cognitivamente para que tenhamos  o desenvolvimento do modelo de jogo facilitado no processo de treinamento.

O treinamento do futebol brasileiro precisa estar contextualizado, porque atualmente não podemos perder tempo com aspectos que não são diretamente ligados ao rendimento das equipes. Todavia, para que isso ocorra, precisamos de atualização em todas as áreas do futebol, não só nos profissionais que executam a metodologia de treinamento, mas também nos gestores de clubes ,federações e na própria CBF.