"A bola dá volta"

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

As diferenças na preparação física do Brasil para a Europa


Preparação para a segunda metade da atemporada 
Atualmente estamos em profunda discussão sobre o momento do futebol brasileiro. A diferença metodológica em relação à Europa sempre foi debatida, pois são escolas distintas em termos de embasamento teórico. Comparam-se as tendências do treinamento e, principalmente, a atuação do profissional da preparação física. Do que se indaga: por que a Europa se destaca neste quesito?

Diversos fatores influenciam o processo. Muito se fala do calendário cheio de partidas, mas também temos outros pontos a tratar. Como principal elemento, é possível afirmar que na Europa o treinamento está norteado pelo desporto coletivo através do futebol, onde o físico se torna um complemento, não o principal. Lá existe um planejamento para os jogadores executarem nas férias determinados exercícios, para que voltem com ritmo na pré-temporada, aptos a inserirem o conceito de jogo elaborado pelo treinador. Um dos pontos cruciais para o crescimento do atleta é a sintonia entre o físico e a parte técnica e tática.


Já no Brasil, se desenvolve na maioria dos casos a concepção do treinamento específico e individual, onde a preparação física é o "carro-chefe" do trabalho. No entanto, existem outras formas de se atuar na mesma intensidade, mas de forma mais atraente e mesclada, simulando situações reais de uma partida. A cada treino deve-se propor o que será utilizado dentro de campo.
Durante o trabalho realizado no Metalist, da Ucrânia

Nem tudo que é feito aqui no Brasil está errado, mas devemos aproveitar aquilo que a metodologia europeia pode nos enriquecer. Está na hora de desenvolvermos uma nova escola no futebol brasileiro. Precisamos de atualização em todas as áreas do esporte. Estamos estagnados em um fator cultural. Aqui a medicina é bastante avançada em relação ao Velho Mundo. No entanto, o que preocupa é que o Brasil está preparado para recuperar lesões e não para prevenir, por exemplo. Outro elemento relevante é a comissão permanente nos clubes. Dirigentes precisam ter uma ideologia implantada, para depois buscar um treinador com perfil compatível.

Confira o artigo no site do jornal Zero Hora

Existe uma grande possibilidade de se melhorar o aspecto físico, basta ajustar os treinamentos no calendário. Muitas vezes o trabalho de força não está inserido, sendo esta a grande chave para a preparação europeia ser adaptada e trazida para o Brasil.