Segunda parte da entrevista dada pelo Michel Huff ao Bruno Camarão do site www.universidadedofutebol.com.br
Universidade do Futebol – Em seu blog, vemos diversas postagens de passeios, em momentos de lazer. O clube proporciona isso aos funcionários, de maneira geral? Qual é a importância dessa interação com outras culturas para o desenvolvimento de sua carreira?
Michel Huff – Tudo aquilo que coloco de postagem no meu blog tem como objetivo divulgar para meus amigos no Brasil e no exterior as minhas vivências pelos lugares por que passo com o Metalist e por minha conta também.
Essa interação para minha carreira tem uma parcela importante, pois abre horizontes, exercita nossa mente e nos faz quebrar paradigmas culturais que possuímos, mas com certeza é uma influência secundária no meu crescimento profissional.
Universidade do Futebol – Como você classificaria a estrutura de trabalho (centro de treinamento, departamentos médico e de fisiologia, integração com profissionais ligados às Ciências do Esporte, etc.) no Metalist? Pode-se dizer que o clube é uma das grandes forças nacionais e um emergente em termos europeus?
Michel Huff – Aqui no FC Metalist, encontrei uma estrutura física de dar inveja a muitos clubes brasileiros. O centro de treinamento do clube é de alto nível, novo e foi feito há pouco tempo com tudo que você possa imaginar: campos de grama natural com iluminação – quatro ao todo –, um campo de grama sintética, quadra de areia, academia, ambiente de recuperação (piscina, sala de massagem, sauna seca, sauna a vapor, sauna fria), refeitório, tanto para o profissional, quanto para as divisões menores, hotel para a base e para o grupo principal, possuindo sala de internet, calefação geral, TV, sala de jogos, sala de palestra, departamentos médico e fisiológico, vestiários e segurança 24h por dia.
A única ressalva que faço é em relação a algumas peculiaridades no contexto. São culturas diferentes à que estamos acostumados no Brasil e os procedimentos são feitos de outras maneiras.
O Metalist hoje é a terceira força do país. Está perto do Dínamo de Kiev e tentando se aproximar do Shakthar Donetsk. A Ucrânia é o país da Europa que mais cresce no futebol, visto as participações do Shakthar na Liga dos Campeões e da participação do Dínamo e do Metalist na Liga Europa.
Outro dado importante é que a Ucrânia será sede da Eurocopa 2012 e a cidade do Metalist, que se chama Kharkivl, com mais de dois milhões de habitantes, será uma das sub-sedes.
Universidade do Futebol – Vários profissionais brasileiros vão para a Europa, não têm sucesso e retornam para o país natal. Como foi a receptividade e como você fez para contornar a resistência até que as pessoas conhecessem o seu trabalho?
Michel Huff – A receptividade foi muito boa. No começo, tive o respeito dos profissionais do clube, mas é claro que existe uma resistência normal dos ucranianos ao profissional que chega de outro país.
Agora, já tenho a admiração deles, pois também tive reciprocidade no processo, quando procurei me adaptar à cultura, à metodologia local, à língua e às coisas do cotidiano. Isso resultou no conjunto de respeito e admiração das pessoas que são próximas a mim no Metalist.
Universidade do Futebol – Nos seus cursos de graduação e pós-graduação no Brasil, você conseguiu as ferramentas necessárias para a parte prática das suas funções, ou precisou adequar-se a algumas situações e aprender outras na Ucrânia?
Michel Huff – Minha formação foi nos melhores estabelecimentos de ensino do curso de Educação Física no Rio Grande do Sul, tanto na graduação, como na especialização, mas procurei e busquei muita coisa a respeito de metodologia e ferramentas para minha atualização em treinamento.
Acredito que os estabelecimentos de ensino precisam quebrar alguns paradigmas no conteúdo que é transmitido. Para isso, é necessária uma atualização dos profissionais e do próprio conteúdo.
Há muita produção ultrapassada, que ainda é vista como a única verdade no ensinamento. Precisamos dessa reforma educacional urgente.
Aqui na Ucrânia, a cada dia temos novos aprendizados no contexto do treinamento, mas o que mais me impressiona é a ocasionalidade do planejamento. Estou aqui aprendendo outras formas de conduzir o processo.
ACOMPANHE NO BLOG NA PRÓXIMA SEMANA A TERCEIRA PARTE DA ENTREVISTA...
Universidade do Futebol – Em seu blog, vemos diversas postagens de passeios, em momentos de lazer. O clube proporciona isso aos funcionários, de maneira geral? Qual é a importância dessa interação com outras culturas para o desenvolvimento de sua carreira?
Michel Huff – Tudo aquilo que coloco de postagem no meu blog tem como objetivo divulgar para meus amigos no Brasil e no exterior as minhas vivências pelos lugares por que passo com o Metalist e por minha conta também.
Essa interação para minha carreira tem uma parcela importante, pois abre horizontes, exercita nossa mente e nos faz quebrar paradigmas culturais que possuímos, mas com certeza é uma influência secundária no meu crescimento profissional.
Universidade do Futebol – Como você classificaria a estrutura de trabalho (centro de treinamento, departamentos médico e de fisiologia, integração com profissionais ligados às Ciências do Esporte, etc.) no Metalist? Pode-se dizer que o clube é uma das grandes forças nacionais e um emergente em termos europeus?
Michel Huff – Aqui no FC Metalist, encontrei uma estrutura física de dar inveja a muitos clubes brasileiros. O centro de treinamento do clube é de alto nível, novo e foi feito há pouco tempo com tudo que você possa imaginar: campos de grama natural com iluminação – quatro ao todo –, um campo de grama sintética, quadra de areia, academia, ambiente de recuperação (piscina, sala de massagem, sauna seca, sauna a vapor, sauna fria), refeitório, tanto para o profissional, quanto para as divisões menores, hotel para a base e para o grupo principal, possuindo sala de internet, calefação geral, TV, sala de jogos, sala de palestra, departamentos médico e fisiológico, vestiários e segurança 24h por dia.
A única ressalva que faço é em relação a algumas peculiaridades no contexto. São culturas diferentes à que estamos acostumados no Brasil e os procedimentos são feitos de outras maneiras.
O Metalist hoje é a terceira força do país. Está perto do Dínamo de Kiev e tentando se aproximar do Shakthar Donetsk. A Ucrânia é o país da Europa que mais cresce no futebol, visto as participações do Shakthar na Liga dos Campeões e da participação do Dínamo e do Metalist na Liga Europa.
Outro dado importante é que a Ucrânia será sede da Eurocopa 2012 e a cidade do Metalist, que se chama Kharkivl, com mais de dois milhões de habitantes, será uma das sub-sedes.
Universidade do Futebol – Vários profissionais brasileiros vão para a Europa, não têm sucesso e retornam para o país natal. Como foi a receptividade e como você fez para contornar a resistência até que as pessoas conhecessem o seu trabalho?
Michel Huff – A receptividade foi muito boa. No começo, tive o respeito dos profissionais do clube, mas é claro que existe uma resistência normal dos ucranianos ao profissional que chega de outro país.
Agora, já tenho a admiração deles, pois também tive reciprocidade no processo, quando procurei me adaptar à cultura, à metodologia local, à língua e às coisas do cotidiano. Isso resultou no conjunto de respeito e admiração das pessoas que são próximas a mim no Metalist.
Universidade do Futebol – Nos seus cursos de graduação e pós-graduação no Brasil, você conseguiu as ferramentas necessárias para a parte prática das suas funções, ou precisou adequar-se a algumas situações e aprender outras na Ucrânia?
Michel Huff – Minha formação foi nos melhores estabelecimentos de ensino do curso de Educação Física no Rio Grande do Sul, tanto na graduação, como na especialização, mas procurei e busquei muita coisa a respeito de metodologia e ferramentas para minha atualização em treinamento.
Acredito que os estabelecimentos de ensino precisam quebrar alguns paradigmas no conteúdo que é transmitido. Para isso, é necessária uma atualização dos profissionais e do próprio conteúdo.
Há muita produção ultrapassada, que ainda é vista como a única verdade no ensinamento. Precisamos dessa reforma educacional urgente.
Aqui na Ucrânia, a cada dia temos novos aprendizados no contexto do treinamento, mas o que mais me impressiona é a ocasionalidade do planejamento. Estou aqui aprendendo outras formas de conduzir o processo.
ACOMPANHE NO BLOG NA PRÓXIMA SEMANA A TERCEIRA PARTE DA ENTREVISTA...
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